Crianças especiais
Ontem estive com uma mulher que é mãe de um garotinho especial. Aos dois anos ele foi diagnosticado como superdotado devido ao seu desenvolvimento acelerado para a matemática. Aos quatro, uma serie de convulsões deixaram graves danos cerebrais e um novo diagnóstico médico era de retardo mental. Após alguns anos de tratamento, outro médico deu um novo parecer sobre o menino: Autismo. A família não entende porque não há um consenso entre os médicos pois sem um diagnóstico preciso é muito difícil seguir com qualquer tratamento.
Hoje esse garoto esta com 12 anos, sua mãe tem uma aparência cansada de total esgotamento. Seu filho pesa 60kg e quando resolve sair correndo e entrar para as casas de estranhos ninguém consegue o segurar. No momento em que esta calmo uma estranha agitação imprevisível toma conta dele, fazendo com que sua mãe tenha que ficar sempre em estado de alerta.
Fico imaginando como deve ser difícil ter um filho especial. Claro que toda regra tem uma exceção, mas creio que a grande maioria das mães carentes não conseguem sequer um diagnóstico para que os filhos tenham o direito de um tratamento decente. Numa cidade pequena como a de Entre Rios de Minas onde muitas pessoas não tem acesso a informação, os excepcionais ganham um único “adjetivo”, o de doido.
Também me incomoda a anulação total de vida social que algumas mães têm para cuidar de seus filhos. De maneira nenhuma eu as estou recriminando, mas a falta de tratamento proporciona uma péssima qualidade de vida pra toda família.
Discriminação, preconceito e maldade
Bom contei um pouco da historia do garoto para relatar um abuso que ele sofreu essa semana. Segundo sua mãe, após entrar na casa de uma vizinha dela o menino foi expulsado e agredido com uma correia. O caso só não foi parar na policia porque a família teve medo que o garoto sofresse novas agressões por parte de outros vizinhos.
Gente, isso eh chocante demais. As pessoas de hoje parecem que foram desalmadas e ficaram insensíveis demais para qualquer tipo de compaixão e respeito ao próximo. Estou preocupada com a discriminação das pessoas com crianças que tenham qualquer tipo de deficiência, incapacidade e disfunção motora ou cerebral.
Tenho vontade de escrever palavras que são impublicaveis.
Mas deixo apenas uma frase : preconceito é a ausência do amor de Deus...
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