Tradutor - Translate

Total de visualizações de página

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Ressonância mórfica: a teoria do centésimo macaco


Na biologia, surge uma nova hipótese que promete revolucionar toda a ciência


Por José Tadeu Arantes


Era uma vez duas ilhas tropicais, habitadas pela mesma espécie de macaco, mas sem qualquer contato perceptível entre si. Depois de várias tentativas e erros, um esperto símio da ilha "A" descobre uma maneira engenhosa de quebrar cocos, que lhe permite aproveitar melhor a água e a polpa. Ninguém jamais havia quebrado cocos dessa forma. Por imitação, o procedimento rapidamente se difunde entre os seus companheiros e logo uma população crítica de 99 macacos domina a nova metodologia. Quando o centésimo símio da ilha "A" aprende a técnica recém-descoberta, os macacos da ilha "B" começam espontaneamente a quebrar cocos da mesma maneira.
Não houve nenhuma comunicação convencional entre as duas populações: o conhecimento simplesmente se incorporou aos hábitos da espécie.


 Este é uma história fictícia, não um relato verdadeiro. Numa versão alternativa, em vez de quebrarem cocos, os macacos aprendem a lavar raízes antes de comê-las. De um modo ou de outro, porém, ela ilustra uma das mais ousadas e instigantes idéias científicas da atualidade: a hipótese dos "campos mórficos", proposta pelo biólogo inglês Rupert Sheldrake. Segundo o cientista, os campos mórficos são estruturas que se estendem no espaço-tempo e moldam a forma e o comportamento de todos os sistemas do mundo material.

Átomos, moléculas, cristais, organelas, células, tecidos, órgãos, organismos, sociedades, ecossistemas, sistemas planetários, sistemas solares, galáxias: cada uma dessas entidades estaria associada a um campo mórfico específico. São eles que fazem com que um sistema seja um sistema, isto é, uma totalidade articulada e não um mero ajuntamento de partes.

Sua atuação é semelhante à dos campos magnéticos, da física. Quando colocamos uma folha de papel sobre um ímã e espalhamos pó de ferro em cima dela, os grânulos metálicos distribuem-se ao longo de linhas geometricamente precisas. Isso acontece porque o campo magnético do ímã afeta toda a região à sua volta. Não podemos percebê-lo diretamente, mas somos capazes de detectar sua presença por meio do efeito que ele produz, direcionando as partículas de ferro. De modo parecido, os campos mórficos distribuem-se imperceptivelmente pelo espaço-tempo, conectando todos os sistemas individuais que a eles estão associados.
A analogia termina aqui, porém. Porque, ao contrário dos campos físicos, os campos mórficos de Sheldrake não envolvem transmissão de energia. Por isso, sua intensidade não decai com o quadrado da distância, como ocorre, por exemplo, com os campos gravitacional e eletromagnético. O que se transmite através deles é pura informação. É isso que nos mostra o exemplo dos macacos. Nele, o conhecimento adquirido por um conjunto de indivíduos agrega-se ao patrimônio coletivo, provocando um acréscimo de consciência que passa a ser compartilhado por toda a espécie.

Até os cristais

O processo responsável por essa coletivização da informação foi batizado por Sheldrake com o nome de "ressonância mórfica". Por meio dela, as informações se propagam no interior do campo mórfico, alimentando uma espécie de memória coletiva. Em nosso exemplo, a ressonância mórfica entre macacos da mesma espécie teria feito com que a nova técnica de quebrar cocos chegasse à ilha "B", sem que para isso fosse utilizado qualquer meio usual de transmissão de informações.

Parece telepatia. Mas não é. Porque, tal como a conhecemos, a telepatia é uma atividade mental superior, focalizada e intencional que relaciona dois ou mais indivíduos da espécie humana. A ressonância mórfica, ao contrário, é um processo básico, difuso e não-intencional que articula coletividades de qualquer tipo. Sheldrake apresenta um exemplo desconcer- tante dessa propriedade.

Quando uma nova substância química é sintetizada em laboratório - diz ele -, não existe nenhum precedente que determine a maneira exata de como ela deverá cristalizar-se. Dependendo das características da molécula, várias formas de cristalização são possíveis. Por acaso ou pela intervenção de fatores puramente circunstanciais, uma dessas possibilidades se efetiva e a substância segue um padrão determinado de cristalização. Uma vez que isso ocorra, porém, um novo campo mórfico passa a existir. A partir de então, a ressonância mórfica gerada pelos primeiros cristais faz com que a ocorrência do mesmo padrão de cristalização se torne mais provável em qualquer laboratório do mundo. E quanto mais vezes ele se efetivar, maior será a probabilidade de que aconteça novamente em experimentos futuros.
Com afirmações como essa, não espanta que a hipótese de Sheldrake tenha causado tanta polêmica. Em 1981, quando ele publicou seu primeiro livro, A New Science of Life (Uma nova ciência da vida), a obra foi recebida de maneira diametralmente oposta pelas duas principais revistas científicas da Inglaterra. Enquanto a New Scientist elogiava o trabalho como "uma importante pesquisa científica", a Nature o considerava "o melhor candidato à fogueira em muitos anos".

Doutor em biologia pela tradicional Universidade de Cambridge e dono de uma larga experiência de vida, Sheldrake já era, então, suficientemente seguro de si para não se deixar destruir pelas críticas. Ele sabia muito bem que suas idéias heterodoxas não seriam aceitas com facilidade pela comunidade científica. Anos antes, havia experimentado uma pequena amostra disso, quando, na condição de pesquisador da Universidade de Cambridge e da Royal Society, lhe ocorreu pela primeira vez a hipótese dos campos mórficos. A idéia foi assimilada com entusiasmo por filósofos de mente aberta, mas Sheldrake virou motivo de gozação entre seus colegas biólogos. Cada vez que dizia alguma coisa do tipo "eu preciso telefonar", eles retrucavam com um "telefonar para quê? Comunique-se por ressonância mórfica".

Era uma brincadeira amistosa, mas traduzia o desconforto da comunidade científica diante de uma hipótese que trombava de frente com a visão de mundo dominante. Afinal, a corrente majoritária da biologia vangloriava-se de reduzir a atividade dos organismos vivos à mera interação físico-química entre moléculas e fazia do DNA uma resposta para todos os mistérios da vida. A realidade, porém, é exuberante demais para caber na saia justa do figurino reducionista.

Exemplo disso é o processo de diferenciação e especialização celular que caracteriza o desenvolvimento embrionário. Como explicar que um aglomerado de células absolutamente iguais, dotadas do mesmo patrimônio genético, dê origem a um organismo complexo, no qual órgãos diferentes e especializados se formam, com precisão milimétrica, no lugar certo e no momento adequado?

A biologia reducionista diz que isso se deve à ativação ou inativação de genes específicos e que tal fato depende das interações de cada célula com sua vizinhança (entendendo-se por vizinhança as outras células do aglomerado e o meio ambiente). É preciso estar completamente entorpecido por um sistema de crenças para engolir uma "explicação" dessas. Como é que interações entre partes vizinhas, sujeitas a tantos fatores casuais ou acidentais, podem produzir um resultado de conjunto tão exato e previsível? Com todos os defeitos que possa ter, a hipótese dos campos mórficos é bem mais plausível. Uma estrutura espaço-temporal desse tipo direcionaria a diferenciação celular, fornecendo uma espécie de roteiro básico ou matriz para a ativação ou inativação dos genes.

Ação modesta

Abiologia reducionista transformou o DNA numa cartola de mágico, da qual é possível tirar qualquer coisa. Na vida real, porém, a atuação do DNA é bem mais modesta. O código genético nele inscrito coordena a síntese das proteínas, determinando a seqüência exata dos aminoácidos na construção dessas macromoléculas. Os genes ditam essa estrutura primária e ponto.
"A maneira como as proteínas se distribuem dentro das células, as células nos tecidos, os tecidos nos órgãos e os órgãos nos organismos não estão programadas no código genético", afirma Sheldrake. "Dados os genes corretos, e portanto as proteínas adequadas, supõe-se que o organismo, de alguma maneira, se monte automaticamente. Isso é mais ou menos o mesmo que enviar, na ocasião certa, os materiais corretos para um local de construção e esperar que a casa se construa espontaneamente."
A morfogênese, isto é, a modelagem formal de sistemas biológicos como as células, os tecidos, os órgãos e os organismos seria ditada por um tipo particular de campo mórfico: os chamados "campos morfogenéticos". Se as proteínas correspondem ao material de construção, os "campos morfogenéticos" desempenham um papel semelhante ao da planta do edifício. Devemos ter claras, porém, as limitações dessa analogia. Porque a planta é um conjunto estático de informações, que só pode ser implementado pela força de trabalho dos operários envolvidos na construção. Os campos morfogenéticos, ao contrário, estão eles mesmos em permanente interação com os sistemas vivos e se transformam o tempo todo graças ao processo de ressonância mórfica.

Tanto quanto a diferenciação celular, a regeneração de organismos simples é um outro fenômeno que desafia a biologia reducionista e conspira a favor da hipótese dos campos morfogenéticos. Ela ocorre em espécies como a dos platelmintos, por exemplo. Se um animal desses for cortado em pedaços, cada parte se transforma num organismo completo.

Forma original

Como mostra a ilustração da página ao lado, o sucesso da operação independe da forma como o pequeno verme é seccionado. O paradigma científico mecanicista, herdado do filósofo francês René Descartes (1596-1650), capota desastrosamente diante de um caso assim. Porque Descartes concebia os animais como autômatos e uma máquina perde a integridade e deixa de funcionar se algumas de suas peças forem retiradas. Um organismo como o platelminto, ao contrário, parece estar associado a uma matriz invisível, que lhe permite regenerar sua forma original mesmo que partes importantes sejam removidas.

A hipótese dos campos morfogenéticos é bem anterior a Sheldrake, tendo surgido nas cabeças de vários biólogos durante a década de 20. O que Sheldrake fez foi generalizar essa idéia, elaborando o conceito mais amplo de campos mórficos, aplicável a todos os sistemas naturais e não apenas aos entes biológicos. Propôs também a existência do processo de ressonância mórfica, como princípio capaz de explicar o surgimento e a transformação dos campos mórficos. Não é difícil perceber os impactos que tal processo teria na vida humana. "Experimentos em psicologia mostram que é mais fácil aprender o que outras pessoas já aprenderam", informa Sheldrake.

Ele mesmo vem fazendo interessantes experimentos nessa área. Um deles mostrou que uma figura oculta numa ilustração em alto constraste torna-se mais fácil de perceber depois de ter sido percebida por várias pessoas (veja o quadro na página ao lado). Isso foi verificado numa pesquisa realizada entre populações da Europa, das Américas e da África em 1983. Em duas ocasiões, os pesquisadores mostraram as ilustrações 1 e 2 a pessoas que não conheciam suas respectivas "soluções". Entre uma enquete e outra, a figura 2 e sua "resposta" foram transmitidas pela TV. Verificou-se que o índice de acerto na segunda mostra subiu 76% para a ilustração 2, contra apenas 9% para a 1.

Aprendizado

Se for definitivamente comprovado que os conteúdos mentais se transmitem imperceptivelmente de pessoa a pessoa, essa propriedade terá aplicações óbvias no domínio da educação. "Métodos educacionais que realcem o processo de ressonância mórfica podem levar a uma notável aceleração do aprendizado", conjectura Sheldrake. E essa possibilidade vem sendo testada na Ross School, uma escola experimental de Nova York dirigida pelo matemático e filósofo Ralph Abraham.

Outra conseqüência ocorreria no campo da psicologia. Teorias psicológicas como as de Carl Gustav Jung e Stanislav Grof, que enfatizam as dimensões coletivas ou transpessoais da psique, receberiam um notável reforço, em contraposição ao modelo reducionista de Sigmund Freud.

Sem excluir outros fatores, o processo de ressonância mórfica forneceria um novo e importante ingrediente para a compreensão de patologias coletivas, como o sadomasoquismo e os cultos da morbidez e da violência, que assumiram proporções epidêmicas no mundo contemporâneo, e poderia propiciar a criação de métodos mais efetivos de terapia.

"A ressonância mórfica tende a reforçar qualquer padrão repetitivo, seja ele bom ou mal", afirmou Sheldrake a Galileu. "Por isso, cada um de nós é mais responsável do que imagina. Pois nossas ações podem influenciar os outros e serem repetidas".

De todas as aplicações da ressonância mórfica, porém, as mais fantásticas insinuam-se no domínio da tecnologia. Computadores quânticos, cujo funcionamento comporta uma grande margem de indeterminação, seriam conectados por ressonância mórfica, produzindo sistemas em permanente transformação. "Isso poderia tornar-se uma das tecnologias dominantes do novo milênio", entusiasma-se Sheldrake.

Sem nenhum contato entre si, macacos de uma ilha incorporam os conhecimentos desenvolvidos na outra. É os campos invisíveis comandariam processos e atitudes: da formação do embrião aos modismos

O desenvolvimento do embrião (ao alto): a ciência reducionista não explica como é que células iguais formam órgãos tão diferentes. Nas outras imagens, a moda do piercing e da tatuagem e a febre do futebol, que toma conta do Brasil nas copas do mundo: comportamentos que poderiam ser influenciados pela ressonância mórfica.

É mais fácil aprender o que já foi aprendido por outros: a idéia que pode mudar o ensino
A regeneração do platelminto: um fenômeno que desafia a biologia mecanicista. Na outra imagem, uma aula no interior do Brasil: processo que pode estar sendo facilitado pelo ensino praticado
em qualquer parte do mundo


Descubra as figuras ocultas

Um experimento coordenado por Sheldrake mostrou que é mais fácil identificar uma figura oculta numa ilustração em alto contraste depois de ela já ter sido percebida por outras pessoas. O índice de acerto para a ilustração 2 cresceu 76% depois de ela ter sido transmitida pela televisão. O da ilustração 1, que não foi televisionada, subiu apenas 9%. A enquete foi realizada na Europa, nas Américas e na África e as pessoas entrevistadas não conheciam de antemão as "respostas". As ilustrações 3 e 4, no pé da página, estão sendo publicadas atualmente na Internet pela revista espanhola El Mercurio. Quem quiser participar da pesquisa deve acessar o endereço http://www.mercurialis.com/ciencia/sheldrake/ introduccion.html

Anote
Site na internet:

www.sheldrake.org

Livros em português:

O Renascimento da Natureza: o Reflorescimento da Ciência e de Deus, de Rupert Sheldrake, Ed. Cultrix

Caos, Criatividade e o Retorno do Sagrado: Triálogos nas Fronteiras do Ocidente, de Ralph Abraham, Terence McKenna e Rupert Sheldrake, Ed. Cultrix/Pensamento

Livros em inglês:

A New Science of Life: the Hipothesis of Morphic Resonance, de Rupert Sheldrake

The Presence of the Past: Morphic Resonance and the Habits of Nature, de Rupert Sheldrake

Natural Grace: Dialogues on Creation, Darkness and the Soul in Spirituality and Science, de Matthew Fox e Rupert Sheldrake

The Physics of Angels: Exploring the Realm where Science and Spirit Meet, de Matthew Fox e Rupert Sheldrake

Seven Experiments that Could Change the World: a Do-It-Yourself Guide to Revolutionary Science, de Rupert Sheldrake

Os livros em inglês podem ser adquiridos, via Internet, no endereço www.amazon.com

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Simplicidade




A simplicidade é viver sem ideais. Os ideais criam complexidade, criam divisões em você e, portanto, geram complexidade.

A partir do momento em que fica interessado em ser outra pessoa, você se torna complexo. Simplicidade significa estar contente com aquilo que você é.

O futuro traz complexidade. Quando está completamente no presente, você se torna simples.

Simplicidade não significa uma vida de pobreza. Isso é completamente absurdo porque a pessoa que impõe uma vida de pobreza a si mesma não é simples. É hipócrita. Essa necessidade significa que, lá no fundo, ela deseja exatamente o oposto.

Do contrário, por que seria necessário impor algo? Você só impõe determinado caráter sobre si mesmo se for o oposto disso...

A simplicidade significa ser apenas aquilo que você é, em absoluta aceitação, sem objetivos, sem ideais. Todos os ideais são besteiras inúteis, livre-se de todos eles.

É preciso coragem para ser simples. É preciso coragem porque você nunca estará ajustado àquilo que chamam de "sociedade" e que existe ao seu redor. Você sempre será um estrangeiro.

Mas será simples, e a simplicidade possui uma beleza. Você estará completamente em harmonia consigo mesmo. Não haverá conflitos dentro de você, não haverá divisões dentro de você.

Um ideal traz as divisões. Quanto maior o ideal, maiores são as divisões...

A simplicidade não é um ideal, você não pode se impor a simplicidade. É por isso que nunca digo que pessoas como Mahatma Gandhi são simples. Eles não são, não podem ser.

Simplicidade é o ideal dessas pessoas, elas estão tentando atingi-lo. A simplicidade
é um objetivo muito distante no futuro, e elas estão lutando, estão se esforçando, fazendo um grande esforço.

Como é possível criar simplicidade a partir de um esforço? Tentam melhorar a existência com seu esforço. A existência é perfeita como ela é, não precisa ser melhorada. A simplicidade significa tão-somente aquilo que é.

Osho

Em "Osho de A a Z: Um Dicionário Espiritual do Aqui e Agora"


sábado, 16 de agosto de 2014

São Paulo oferece gratuitamente mudas de árvores

AS ÁRVORES EMBELEZAM, VIVIFICAM, REFRESCAM, DIMINUEM OS EFEITOS DA POLUIÇÃO E MUITO MAIS

Que tal arborizar sua rua e levar esses benefícios para todos a sua volta
?



Um fato que não se discute é o de que a arborização urbana contribui para a melhoria do aspecto estético das cidades. Mas, em verdade, diversas são as vantagens de se ter uma cidade arborizada.
As árvores atenuam o calor do sol; absorvem ruídos; renovam o oxigênio do ar; filtram as partículas sólidas em suspensão provenientes de agentes poluidores; contribuem para reduzir o efeito das enchentes, além de atrair pássaros.
Assim, além de estabilizar a temperatura ambiente, evitando os efeitos da insolação nas horas mais quentes do dia, estudos científicos demonstram que bairros arborizados apresentam temperaturas cerca de 4°C inferiores àquelas das áreas edificadas não arborizadas.



As árvores melhoram o conforto térmico também por promoverem a elevação da umidade do ar graças à transpiração de suas folhas.


No que concerne à questão das enchentes, as árvores diminuem e retardam o escoamento superficial das águas em direção às baixadas, além de permitirem a infiltração da água no solo ao redor de seu tronco nas áreas de calçadas pavimentadas.


Elas são, também, atrativas para os pássaros, pois fornecem-lhes alimento e abrigo para pouso e reprodução.


As árvores, assim como a vegetação em geral, formam também uma barreira natural contra a propagação de ruídos em especial o de automóveis, funcionando como dissipadores.


Por fim, e não menos importante, a sua folhagem funciona como filtro de ar por reter materiais particulados em suspensão que serão posteriormente lavados para o solo pelas águas das chuvas.


Dessa forma, a vegetação urbana, atuando no âmbito físico e mental do ser humano, causa-lhe bem estar por atenuar o sentimento de opressão típico das grandes cidades.

Muitas cidades oferecem mudas grátis para seus moradores. Basta procurar na Prefeitura o órgão competente na Secretaria de Meio Ambiente e se informar se sua cidade oferece esse benefício.

Se você é de São Paulo, aqui está a dica:


A cidade de São Paulo oferece gratuitamente aos seus moradores uma grande variedade de mudas de árvores para serem plantadas em calçadas ou quintais, basta comparecer a um dos parque municipais que constam na lista no final desta página, preencher um pequeno questionário, assinar um termo de responsabilidade e levar uma planta para casa.


As perguntas são bem simples e tem como objetivo ajudar o cidadão na definição da espécie mais indicada para a sua calçada e orientá-lo sobre detalhes técnicos do plantio, para garantir condições de desenvolvimento para a árvore e segurança para quem usa a rua.


Florada da Quaresmeira (Foto: site árvores do Brasil)


O interessado deve informar o endereço do plantio (que deve ser no município de São Paulo), a largura e o comprimento da calçada, se já tem alguma árvore, fica embaixo da rede elétrica e se tem equipamentos públicos como poste, orelhão, placa de trânsito, semáforo, caixa de concessionária de telefonia, luz, água ou gás, hidrante, etc.


A doação é parte da Campanha Permanente de Incentivo à Arborização, sediada no Viveiro Manequinho Lopes (Parque Ibirapuera), aberto de segunda a sexta-feira, das 08:30 às 11:30 e das 13:30 às 15:30 horas e o telefone é (11) 3887 6761.


Junto com a muda, que já vem com altura aproximada de 2,5 a 3,0 metros, o paulistano leva um exemplar da Cartilha de Arborização Urbana, feita em linguagem simples e objetiva e muito bem ilustrada. Baixe aqui em formato pdf a cartilha (frente e verso) e o termo de responsabilidade.



Viveiro de Mudas (Foto: Portal da Prefeitura - SP)


PARQUES QUE DISTRIBUEM MUDAS EM SP


Segue a lista com os parques municipais participantes da campanha. Para saber a localização e o horário de funcionamento do parque escolhido, clique sobre o seu nome.










sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Deuses indígenas:

Conheça o Nhanderuvuçu


Nhanderuvuçu é uma divindade da linha dos Deuses Nativos. Cultuado como uma energia primordial entre os indígenas, uma divindade que se sobressai, o Sol, senhor da criação, tendo originado o homem através de estatuas de argila, dentro das quais soprou o fôlego da vida.

Ele não tem forma definida, mas apresenta-se como um pai bondoso, e os bons e honrados morarão com ele no céu, tornado-se estrelas. Seu mensageiro e representante entre os homens é Tupã, que manifesta-se como um homem cujo corpo é feito de trovão, cuja velocidade não pode ser medida e cuja autoridade lhe permite mergulhar até mesmo no Rio Negro. Nhanderuvuçu é caracterizado por uma flauta em pé, e suas áreas de atuação são: criação, sol, bondade e justiça.

Nhanderuvuçú é considerado Deus supremo na religião primitiva dos índios brasileiros que habitavam as terras tupiniquins atualmente chamadas Brasil.

Nhanderuvuçú não tem forma humana a chamada forma antropormófica, é a energia que existe, sempre existiu e existirá para sempre, portanto Nhanderuvuçú existe mesmo antes de existir o Universo.

A única realidade que sempre existiu, existe e existirá para sempre é a energia a qual os índios brasileiros identificam como Nhanderuvuçú.

Características da energia

A energia existia mesmo antes de existir a relatividade, antes do início do Universo.

A energia existia no caos sem tempo, sem espaço e sem nenhum tipo de velocidade, era o caos mas a energia sempre existiu.




Leis fundamentais da energia

Energia não pode ser criada nem destruída.

Energia pode se transformar de uma forma de energia em outra.

Energia total do Universo não aumenta nem diminui apenas tudo fica em constante transformação.

Para os índios brasileiros não catequizados e para outros brasileiros que nem índios são; essa religião continua sendo professada atualmente por muitos fiéis residentes no Brasil.

Dizem eles que o início do mundo foi muito semelhante ao que dizem as outras doutrinas de outras religiões estrangeiras.

Deus, chama-se Nhanderuvuçú.

No princípio ele criou a alma, que na lingua tupi-guarani diz-se "Anhang" ou "añã" a alma; "gwea" significa velho(a); portanto anhangüera "añã'gwea" significa alma antiga.

Nhanderuvuçú criou as duas almas e, das duas almas (+) e (-) surgiu "anhandeci" a matéria.

Depois ele disse para haver lagos, neblina, cerração e rios.

Para proteger tudo isso, ele criou Iara.

Depois de Iara, Nhanderuvuçú criou Tupã que é quem controla o clima, o tempo e o vento, Tupã manifesta-se com os raios, trovões, relâmpagos, ventos e tempestades, é Tupã quem empurra as nuvens pelo céu.

Nhanderuvuçú criou também Caaporã o protetor das matas por si só nascidas e protetor dos animais que vivem nas florestas, nos campos, nos rios, nos oceanos, enfim o protetor de todos os seres vivos.

Caaporã quando é evocado para proteger as plantas plantadas junto aos roçados dos índios é chamado por eles de forma carinhosa com o cognome de Ceci.

Caaporã em língua tupi-guarani significa "boca da mata",  "Caa = boca e Porã = mata"

Dizem as lendas que no meio dos animais protegidos por Caaporã apareceu mais um casal de animais.

A primeira mulher, Amaú e, o primeiro homem, Poronominaré.

Quem segue esta religião, religião "Primitiva do Brasil" adora as formas de manifestações da energia, adora o Sol, os raios, os relâmpagos e o clima em geral, através da adoração de Tupã, adora as águas, a neblina, os rios, cachoeiras, lagos, lagoas, mares e oceanos através da adoração de Iara, adoram as matas, os animais e toda a natureza adorando Caaporã, evocam Ceci para proteger os campos plantados, a agricultura e as criações de animais domésticos.

Enfim adoram o que existe de fato, adoram somente o que é realmente real, os fenômenos naturais, o clima, a natureza, apenas as coisas reais.



A religião "Primitiva do Brasil", não inclui nenhum personagem antropomórfico (forma humana) em suas crenças, apenas Poronominare e Amaú possuem essa forma mas, não são divinos, são animais também e, portanto pertencem à Caaporã o protetor de toda a natureza viva e isso inclui todos os seres vivos inclusive nós os animais humanos.

Dizem: "A realidade é a única verdade em que podemos acreditar".

Nunca Estamos Sozinhos


 Lenda dos índios Cherokees







Um pai leva o filho para a floresta no final da tarde, coloca uma venda nos olhos do menino e o deixa sozinho.

E o menino se sente sozinho no topo de uma montanha durante toda a noite, e não pode retirar a venda, até o dia amanhecer. Ele também não pode gritar por socorro para ninguém.

Se ele conseguir passar a noite toda lá, será considerado um homem. Além disso, não pode contar a experiência aos outros meninos, porque cada um deve se tornar um homem do seu próprio modo, enfrentando o medo do desconhecido.

O menino está amedrontado, claro. E pode ouvir toda espécie de barulho. Inclusive, animais selvagens podem estar ao redor dele. Talvez alguns humanos podem até feri-lo. Insetos e cobras também podem vir picá-lo. E ele pode estar com frio, fome e sede.

O vento é forte e a terra parece tremer. Mas o menino se sente firme e não remove a venda dos olhos de jeito nenhum.

Segundo os índios, este é o único modo de um menino se tornar um homem.

Finalmente, após a noite horrível, o sol aparece, e a venda é retirada. E o menino, então, descobre seu pai sentado na montanha bem perto dele.

Seu pai estava a noite inteira o protegendo do perigo.


LIÇÃO DE VIDA: Nós também nunca estamos sozinhos. Mesmo quando não percebemos, Deus está olhando para nós, sentado ao nosso lado.

E quando os problemas vêm, tudo o que temos a fazer é confiar que ELE está nos protegendo. Por isso, evite tirar a sua venda antes do amanhecer!!!

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Água Azul Solarizada

Beber grandes quantidades de água é uma maravilhosa prática para solucionar ou limpar situações, particularmente se é ÁGUA AZUL SOLARIZADA.




Água azul solarizada


Você já ouviu falar em água solarizada? Esse método simples de energização solar pode lhe ajudar a amenizar a depressão e o desânimo, além de afastar as ideias fixas e ter mais coragem, calma e equilíbrio. A luz do sol costuma ter um efeito purificador, renovador e revitalizante. Quando bebemos uma água que foi exposta aos raios solares, permitimos que esses benefícios fluam para diferentes partes do nosso corpo, renovando e revitalizando o organismo.

Além disso, a água solarizada também permite que os chakras (sete principais centros de energia distribuídos ao longo de nossa coluna vertebral)absorvam a energia dos raios solares e enviem suas propriedades benéficas por todos os sistemas do corpo. Além de energizar a água através do sol, também é possível aproveitar os benefícios das cores, trabalhando com a Cromoterapia. A ideia é potencializar o processo, trazendo ainda mais equilíbrio e harmonia para corpo, mente e emoções. Veja abaixo como prepara sua água solarizada.

Médicos, nutricionistas e demais profissionais da área de saúde nos recomendam beber grande quantidade de água diariamente (entre 2 e 3 litros por dia, no mínimo) para cultivar e manter uma boa saúde física. Mas nem todo mundo sabe que a água pode nos ajudar a cultivar e manter uma ótima qualidade de vida emocional e mental.

Sim! Sobretudo a ÁGUA SOLARIZADA que pode adquirir as qualidades das mais diversas cores através do processo de solarização. Aqui vamos tratar especificamente da ÁGUA AZUL SOLARIZADA.

Assim como acontece com as frases "Sinto muito, Me perdoe, Te amo, Sou grato", beber Água Azul Solarizada ajuda a apagar memórias tóxicas geradoras de padrões na mente Subconsciente. É, portanto, uma poderosíssima ferramenta de limpeza mental.

No processo, a água adquire uma delicioso sabor levemente adocicado, fica mais leve. É facílimo preparar, mesmo que você more em um apartamento. Qualquer tipo de garrafa de vidro azul e em qualquer tom de azul pode ser utilizado. Atenção! - NÃO pode ser plástico porque o plástico ao entrar em contato com o calor libera uma substância tóxica nociva à saúde

PREPARANDO A SUA ÁGUA SOLARIZADA

A técnica é bem simples e fácil. Também pode colocar água mineral em uma garrafa de vidro (branco) transparente e depois envolvê-la com papel colorido, como o celofane, na cor desejada. Outra possibilidade é comprar uma garrafa colorida, que hoje é encontrada em lojas de departamento ou decoração. Você também pode reaproveitar garrafas coloridas, como as de vinho ou cerveja. Mas nesse caso elas devem ser bem esterilizadas antes, e lavadas com água quente e sabão.

O próximo passo é tampar a garrafa e expô-la ao sol. Deixe-a por um período mínimo de uma hora (sol forte), durante metade do dia (sol fraco) ou o dia todo (em dia chuvoso). O melhor horário para preparar a água é pela manhã, de 8h às 10h, principalmente no inverno. No verão, o sol da tarde, após às 15h, também é aconselhável. Uma dica é colocar uma pedra de gelo na água. Quando ela derreter, a bebida estará pronta para uso.

Se optar por envolver a garrafa com papel celofane, basta retirá-lo após a solarização. Esse mesmo papel pode ser usado na próxima vez que fizer o procedimento. A garrafa só precisa ficar envolta pelo papel na hora que estiver sendo exposta ao sol.

A luz solar, filtrada pelo vidro, energiza a água, que por sua vez adquire as propriedades da cor selecionada. A água é condutora de energias, inclusive da energia elétrica. Devido a esta capacidade de atrair e reter em si qualquer tipo de energia, tanto positiva como negativa, podemos considerar o elemento aquoso como um acumulador energético. Mas é importante lembrar que a água solarizada não pode ser fervida e nem congelada, pois as partículas tornam-se neutras, perdendo o seu efeito.


Outras formas de usar a ÁGUA AZUL SOLARIZADA:

- Adicione um pouco ao seu café, chá, chocolate, suco, etc.

- Adicionar ÁGUA AZUL SOLARIZADA em tudo o que você cozinhar

- Macarrão, sopa, aveia, ovos mexidos, etc. Lembre-se, apenas uma gota de ÁGUA AZUL SOLARIZADA, solariza tudo. Gotejar apenas depois de pronto.

- Adicione um pouco de ÁGUA AZUL SOLARIZADA em sua máquina de lavar para lavar roupas.

- Borrife nas roupas em sua máquina de secar.

- Coloque no radiador de seu carro.

- Adicione à água do banho.

- Borrife-se com ÁGUA AZUL SOLARIZADA após o banho.

- Borrife o ar dos quartos.

- Gargareje com ela.

- Lave pisos com ela.

- Regue suas plantas com ela.

Estas são apenas algumas das maneiras que temos para usar a ÁGUA AZUL SOLARIZADA. Seja criativo para encontrar novas maneiras de limpar com ÁGUA AZUL SOLARIZADA, ela é  uma das mais fantásticas ferramentas de limpeza e cura


COMO CONSUMIR A ÁGUA SOLARIZADA DE QUALQUER COR

O ideal é tomar um ou mais copos de água por dia. Confira abaixo o significado de algumas cores e veja como elas podem lhe ajudar. Depois disso, abuse da sua água solarizada:

Vermelho - é estimulante, afasta a depressão e tira o desânimo. É a cor das conquistas, das paixões e da sexualidade.
Amarelo - é ativadora e dinâmica, age sobre os processos mentais. O amarelo afasta as ideias fixas e aumenta a capacidade de raciocínio. É a cor da inteligência, do estudo e da criatividade.
Laranja - é restauradora e regeneradora, traz recuperação depois de um processo destrutivo e oferece a capacidade de refazer o que não está certo. É a cor da coragem, de enfrentar desafios e trazer autoconfiança e autoestima.
Verde - é calmante e equilibradora. O verde melhora qualquer estado físico negativo e energiza o corpo e a alma.
Azul - traz equilíbrio, paciência, harmonia e serenidade, tranquilizando o corpo e a mente. Ajuda nos casos de insônia e estresse.
Índigo - trabalha o equilíbrio energético, a intuição, a proteção, a limpeza e a purificação de ambientes.
Violeta - é profundamente espiritual, mística e religiosa. O violeta atua sobre quem está espiritualmente desequilibrado, descrente e sem conexão com as forças divinas.
Rosa - trabalha afetividade, amor, harmonia e união, além de ajudar no equilíbrio dos relacionamentos pessoais e profissionais.
Agora que já sabe o significado das cores, escolha a questão que mais precisa trabalhar no momento e tome de 15 a 30 dias a bebida na cor escolhida, para sentir os benefícios. Oriento sempre que a pessoa comece pela cor verde, para equilibrar o corpo. Depois do período estabelecido, é possível preparar a água em outra cor que sinta necessidade. Outra possibilidade é que a pessoa intercale o consumo da água solarizada na cor verde com outra água preparada em uma cor diferente. Nesse caso, o ideal é tomar um copo de água solarizada com o verde pela manhã, e outro copo à tarde ou à noite, de uma água feita em outro tom.

Mas vale reforçar que não é indicado fazer uso de todas as cores ao mesmo tempo. Em um processo terapêutico focamos em uma queixa de cada vez, e geralmente começamos pelo problema que mais lhe afeta naquele momento. Depois disso, gradativamente começamos a trabalhar outras questões. Por esse motivo é indicado que você sempre consulte um terapeuta para sua orientação.

PRAZO DE VALIDADE DA ÁGUA

Depois de pronta, o tempo de validade da água pode variar, dependendo da cor com a qual tiver sido solarizada. Veja abaixo o tempo de duração de cada uma:

- Cores quentes, como vermelho, laranja e amarelo: se a água ficar na geladeira, a água deve ser consumida em até uma semana. Caso você armazene a bebida em temperatura ambiente, a validade é de, no máximo, dois dias.
- Cores frias, como azul, índigo e violeta: se a água ficar na geladeira, a água deve ser consumida em até uma semana. Caso você armazene a bebida em temperatura ambiente, a validade é de três a quatro dias.
- Verde e rosa: a validade da água é de uma semana, seja em temperatura ambiente ou na geladeira.



Fonte:  http://www.hooponopoint.com/

Entrevista com Ihaleakala Hew Len - Ph.D, criador do Ho'oponopono


Uma breve introdução:
Em Havaiano, Hoo significa “causa”, e ponopono quer dizer “perfeição”, portanto Ho’oponopono significa “corrigir um erro” ou “tornar certo”.

Você pode através desse sistema se livrar das recordações que tocam repetidamente na sua mente (aquela conversa mental interna incessante - principalmente depois de situações estressantes e desagradáveis) e encontrar a Paz.

Sem os pensamentos se repetindo, sem crenças limitadoras, sem condicionamentos, sem as lembranças dolorosas, um espaço vazio se abre dentro de você. O Ho’oponopono lhe permite soltar estas recordações dolorosas, que são a causa de tudo que é tipo de desequilíbrios e doenças. Na medida em que a memória é limpa, pensamentos de origem Divina e Inspiração ocupam o vazio dentro de você. A única coisa que devemos fazer é limpar; limpar todas as recordações, com quatro simples frases que abrangem tudo:

Sinto muito.         Me perdoe.         Te amo.          Sou grato.



ENTREVISTA COM O IHALEAKALA HEW LEN -  
Ph.D,
Criador do Ho'oponopono
 Por Cat Saunders



Como demonstrar gratidão a alguém que lhe ajudou a ser livre? Como demonstrar gratidão a um homem cuja gentileza de espírito, e agudeza nas declarações, alterou completamente o curso de sua vida? Ihaleakala Hew Len é a pessoa que significa tudo isso para mim. Como um irmão de alma que aparece inesperadamente num momento de necessidade, Ihaleakala entrou em minha vida em março de 1985, um ano de grandes mudanças para mim. Eu o conheci durante um curso chamado Self I-Dentity Through Ho'oponopono, no qual ele era facilitador, juntamente com a nativa havaiana e kahuna (“guardiã do segredo”) Morrnah Nalamaku Simeona, já falecida.

Para mim, Ihaleakala e Morrnah fazem parte do ritmo da vida. Embora eu sinta um grande amor por eles, não consigo vê-los como simples pessoas, porque a forma com que eles influenciam minha vida vem através de um vigoroso pulsar, como o som de tambores africanos na noite. Recentemente, tive a honra de ser convidada a entrevistar Ihaleakala pela Foundation of I, Inc. (Freedom of the Cosmos), organização fundada por Morrnah. Mas minha maior honra foi saber que ele estaria vindo do Havaí especialmente para encontrar-se comigo.

Dr. Ihaleakala S. Hew Len (foto) é presidente e administrador da Fundação. Juntamente com Morrnah, ele vem trabalhando com milhares de pessoas há muitos anos, inclusive com grupos das Nações Unidas, UNESCO, Conferência Internacional pela Paz Mundial, Conferência da Medicina Tradicional Indígena, Curadores pela Paz na Europa, e da Associação dos Professores do Estado do Havaí. Tem também uma larga experiência no tratamento de pessoas mentalmente enfermas, com criminosos doentes mentais e suas famílias.


Todo o seu trabalho como educador é permeado e tem como suporte o processo Ho'oponopono.

Ho’oponopono significa simplesmente “acertar o passo” ou “corrigir o erro”. De acordo com os antigos havaianos, o erro provém de pensamentos contaminados por memórias dolorosas advindas do passado. Ho'oponopono oferece uma forma de liberar a energia desses pensamentos dolorosos, ou erros, os quais causam desequilíbrio e enfermidades.

No desenrolar do processo Ho'oponopono, Morrnah foi orientada a incluir as três partes do eu, que são a chave para a Auto-identidade. Essas três partes, presentes em cada molécula da realidade, são chamadas de Unihipili (criança/subconsciente), Uhane (mãe/ consciente) e Aumakua (pai/superconsciente). Quando esta “família interna” encontra-se alinhada, a pessoa está em sintonia com a Divindade, acontece o equilíbrio e a vida começa a fluir. Assim, Ho'oponopono auxilia na restauração do equilíbrio, primeiramente no individuo e depois em toda a criação.

Ao me apresentar este sistema tríplice, juntamente com o mais poderoso processo de perdão que eu conheço (Ho'oponopono), Ihaleakala e Morrnah ensinaram-me o seguinte: a melhor maneira de trazer cura para cada aspecto de minha vida, e para o universo inteiro, é assumir 100% de responsabilidade e trabalhar comigo mesma. E ainda aprendi com eles a simples sabedoria do total auto-cuidado. Como disse Ihaleakala, em sua nota de agradecimento após nossa entrevista: “Cuide bem de você. Se fizer isso, todos serão beneficiados.”


Certa vez, Ihaleakala ausentou-se uma tarde inteira, bem no meio de um curso do qual eu participava, simplesmente porque sua Unihipili (criança/subconsiente) pediu para ir ao hotel e tirar uma longa soneca. É claro que ele assumiu sua responsabilidade antes de se retirar, e Morrnah estava lá para dar prosseguimento ao trabalho. Fiquei impressionada com sua atitude. Para alguém como eu, criada numa família que ensinava a sempre colocar os outros em primeiro lugar, a ação de Ihaleakala foi no mínimo surpreendente e divertida. Ele tirou sua soneca e deu uma lição inesquecível de auto-cuidado.


Cat: Ihaleakala, quando conheci você, em 1985, eu havia recém começado a trabalhar com consultas individuais, depois de ter sido conselheira em agências durante quatro anos. Lembro-me de você dizer: “Toda terapia é uma forma de manipulação.” E eu pensei: “Cruzes! O que é que vou fazer agora?” Eu sabia que você tinha razão, e quase desisti da idéia! É claro que continuei, mas aquela sua colocação mudou completamente minha forma de trabalhar com as pessoas.

Ihaleakala: A manipulação acontece quando eu (o terapeuta) chego com a idéia de que você está doente e eu vou trabalhar em você. Coisa muito diferente é quando acredito que você veio até mim para me trazer uma oportunidade de olhar o que está acontecendo comigo. Nesse caso não acontece a manipulação.

Se a terapia for baseada em sua crença de que você está ali para salvar o outro, curar o outro ou orientar o outro, a informação que você traz emerge do intelecto, da mente consciente. Mas o intelecto não é habilitado para entender e abordar problemas. O intelecto não tem a menor condição de solucionar problemas! Ele é incapaz de compreender que, quando uma situação problemática é solucionada por transmutação (como no caso de Ho'oponopono e outros processos semelhantes), não só a situação fica resolvida, mas tudo o que estiver relacionado com ela, atingindo níveis microscópicos e estendendo-se até o início dos tempos.

Sendo assim, penso que a pergunta mais importante a ser feita é: “O que é um problema?” Se você faz uma pergunta como esta, não há clareza. E como não há clareza, eles inventam uma forma de resolver o problema...


Cat: ... como se o problema estivesse “lá fora”.

Ihaleakala: Sim. Por exemplo, outro dia recebi um telefonema de uma mulher, cuja mãe estava com 92 anos. Ela disse: “Minha mãe está com uma horrível dor nos quadris já faz muitas semanas.” Enquanto a mulher falava comigo, eu fazia a seguinte pergunta à Divindade: “O que está acontecendo comigo para ter causado a dor nesta senhora? Como posso resolver este problema dentro de mim?” As respostas vieram e eu fiz o que me foi solicitado.

Pode ser que uma semana depois a mulher me ligue para dizer que sua mãe está melhor. Isto não significa que não haverá reincidência do problema, porque pode haver causas variadas para aquilo que parece ser o mesmo problema.


Cat: Tenho acompanhado muitos casos de doenças crônicas e dores recorrentes. Trabalho com elas o tempo todo, usando Ho'oponopono e outros processos de clarificação, a fim de reparar toda dor que causei, desde o início dos tempos.

Ihaleakala: Sim. A idéia é que pessoas como nós estão justamente trabalhando em profissões de cura porque já causaram muita dor por aí.


Cat: Que coisa!

Ihaleakala: Não é maravilhoso a gente saber disso? E ainda atendermos pessoas que nos pagam por lhes ter causado problemas!

Eu disse isso a uma mulher em Nova York, e ela exclamou: “Meu Deus, se pelo menos eles soubessem!” Mas, como você vê, ninguém sabe. Psicólogos, psiquiatras continuam acreditando que a função deles é ajudar a curar o outro.

Vamos supor que você veio me consultar. Eu peço à Divindade: “Por favor, o que quer que esteja acontecendo dentro de mim que causou esta dor na Cat, diga-me como posso corrigir.” E então vou ficar continuamente aplicando a orientação recebida, até que a sua dor vá embora, ou até você me pedir que eu pare. O importante não é propriamente o efeito, mas chegar ao problema. Essa é a chave.


Cat: Você não focaliza no resultado porque isto não é de nossa competência.

Ihaleakala: Certo. Nós só podemos fazer o pedido.


Cat: E nós também não sabemos quando uma determinada dor ou doença vai se alterar.

Ihaleakala: Pois é. Digamos que se recomendou a uma mulher o tratamento com certa erva, a qual não está surtindo efeito. Novamente a questão: “O que acontece dentro de mim que faz com que esta mulher não receba os benefícios da erva?” E eu vou trabalhar com isso. Vou limpar e ficar de boca fechada, permitindo que o processo de transmutação se opere. Quando acontece de você se apegar a seu intelecto, o processo é interrompido. A coisa mais importante a ser lembrada, no caso de um trabalho de cura não surtir efeito, é aceitar a possibilidade de a causa do problema estar em erros múltiplos, em múltiplas questões e memórias dolorosas. Nós não sabemos nada! Só a Divindade sabe o que está acontecendo.

No mês passado, fiz uma apresentação em Dallas. Na conversa com uma mestra em Reiki, perguntei-lhe: “Quando alguém lhe vem com um problema, onde você vai encontrá-lo?” Ela me olhou intrigada. E eu disse: “Em você. Porque foi você quem causou o problema, e o seu cliente vai lhe pagar pela cura de um problema que é seu!”


Cat: 100% de responsabilidade.

Ihaleakala: 100% de consciência de que foi você quem causou o problema. 100% de consciência de que é sua a responsabilidade corrigir o erro. Imagine o dia em que todos nós formos 100% responsáveis!

Como vou convencer as pessoas de que nós somos 100% responsáveis pelos problemas? Se você quer resolver uma situação problemática, trabalhe-a em si próprio. Se a questão está ligada a outra pessoa, pergunte a si mesmo: “O que há de errado comigo que está levando esta pessoa a me incomodar?” Aliás, pessoas só aparecem na sua vida para lhe incomodar! Quando você sabe disso, pode superar qualquer situação e se libertar. É simples: “Sinto muito por tudo que está acontecendo. Por favor, perdoe-me.”


Cat: Na verdade, você não precisa lhes dizer isto em voz alta, e nem mesmo precisa entender o problema.

Ihaleakala: Aí está a beleza de tudo. Você não tem que entender. É como a Internet. Você não entende nada de como funciona! Você apenas chega até a Divindade e diz: “Vamos dar um download?” A Divindade então proporciona o download e você recebe toda a informação. Mas, como nós não sabemos quem somos, nunca damos o download direto da Luz. Vamos buscar fora.

Sempre me lembro do que Morrnah dizia: “É um trabalho interno.” Se você quer ter sucesso, trabalhe internamente. Trabalhe em você mesmo!


Cat: Reconheço que a única coisa que funciona é ser 100% responsável. Mas houve um tempo em que questionei isto, porque eu era uma pessoa do tipo super responsável, que cuidava de muita gente. Quando lhe ouvi falar sobre os 100% de responsabilidade, não apenas por mim mesma, mas por todas as situações e problemas, pensei: “Parado lá! Isso é pura loucura! Não preciso que ninguém venha me dizer para ser ainda mais responsável!” O que aconteceu foi que, quanto mais eu refletia sobre isso, mais fui descobrindo que há uma grande diferença entre um super responsável cuidado com o outro e um total cuidado comigo mesma. O primeiro tem a ver com ser uma boa menina, e o segundo, com ser livre.

Lembro-me de quando você contou sobre a época em que trabalhou como psicólogo na ala para loucos criminais no Hospital Estatal do Havaí. Disse que quando começou a trabalhar lá, havia muita violência entre os internos e que, depois de quatro anos, tudo ficou em paz.

Ihaleakala: Basicamente, assumi 100% de responsabilidade. Só trabalhei comigo mesmo.


Cat: É verdade que, durante todo aquele tempo, você não teve contato com nenhum dos internos?

Ihaleakala: É verdade. Eu só entrava no pavilhão para verificar os resultados. Se eles ainda apresentavam problemas, eu ia trabalhar mais um pouco comigo mesmo.


Cat: Você poderia contar uma história sobre a utilização do Ho'oponopono nos, assim chamados, objetos inanimados?

Ihaleakala: Certa vez, eu estava num auditório, preparando-me para dar uma palestra, e eu conversava com as cadeiras. Então, perguntei: “Há alguém aí que eu tenha esquecido? Alguém entre vocês gostaria de expor algum problema que exija cuidado de minha parte?” Uma das cadeiras respondeu: “Sabe, hoje num seminário anterior, havia um rapaz sentado em mim, o qual sofria com problemas financeiros, e agora estou me sentindo péssima!” Tratei de limpar aquele problema e logo pude ver a cadeira se endireitando e dizendo: “Ok! Estou prontinha para acomodar o próximo!”

Na verdade, o que eu tento fazer é ensinar a sala. Costumo dizer para a sala, e tudo o que há nela: “Vocês querem aprender o Ho'oponopono? Afinal, breve irei embora, e não seria ótimo se todos vocês pudessem dar continuidade a este trabalho?” Alguns respondem sim, outros respondem não, e há aqueles que dizem: “Estou muito cansado!”

Então, pergunto`a Divindade: “Para aqueles que dizem que querem aprender, como posso ensiná-los?” Na maioria das vezes, a resposta é: “Deixe o livro azul (Self I-Dentity Through Ho'oponopono) com eles.” E é o que faço. Enquanto estou falando, deixo o livro azul em cima de alguma cadeira ou mesa. Não costumamos acreditar que as mesas ficam ali, quietas e atentas a tudo o que esta ocorrendo ao seu redor!

Ho'oponopono é muito simples. Para os antigos havaianos, todos os problemas começam com o pensamento. Mas o problema não está no simples pensar. O problema ocorre quando nossos pensamentos estão impregnados de memórias dolorosas a respeito de pessoas, lugares ou coisas.

O trabalho intelectual por si só não é capaz de resolver estes problemas, porque a função do intelecto é de apenas administrar. E não é administrando as coisas que se resolvem problemas. Você quer é se livrar deles! Quando você faz Ho'oponopono, o que acontece é que a Divindade pega os pensamentos dolorosos e os neutraliza ou os purifica. Não se trata de neutralizar ou purificar a pessoa, o lugar ou a coisa. O que fica neutralizada é a energia que está associada a pessoa, lugar ou coisa. Portanto, o primeiro estágio de Ho'oponopono é a purificação da energia.

Então, eis que algo maravilhoso acontece. A energia não é apenas neutralizada; ela é também liberada, e tudo fica limpo. Os budistas chamam de Vazio. O último passo é permitir que a Divindade entre e preencha o vazio com luz.

Para fazer Ho'oponopono, você não precisa saber qual é propriamente o problema ou o erro. Você só tem que se dar conta de que está tendo um problema, seja ele físico, mental, emocional ou qualquer outro. Tão logo você o perceba, é sua responsabilidade começar imediatamente a limpeza, dizendo: “Sinto muito. Perdoe-me, por favor.”


Cat: Quer dizer que a verdadeira função do intelecto não é resolver problemas, mas pedir perdão.

Ihaleakala: Sim. Eu tenho duas tarefas neste mundo. A primeira é, antes qualquer outra coisa, cuidar da limpeza. E a segunda é despertar as pessoas que estão adormecidas. Quase todo mundo está adormecido! Mas a única maneira de fazê-las despertar é trabalhando comigo mesmo! Esta nossa entrevista serve de exemplo. Durante as semanas que precederam nosso encontro, estive fazendo o trabalho de clarificação, de modo que, quando nos encontrássemos, fôssemos como dois lagos juntando suas águas. Eles se unem e vão em frente. Só isso.


Cat: Nesses dez anos que faço entrevistas, esta foi a primeira vez que não me preparei. Toda vez que tentava fazê-lo, minha Unihipili dizia que eu devia apenas vir e estar com você. Meu intelecto fez de tudo para me convencer de que eu tinha que me preparar, mas eu não dei ouvidos.

Ihaleakala: Melhor pra você! A Unihipili, às vezes, é muito engraçada. Certo dia, eu ia descendo por uma estrada no Havaí. Quando me preparava para pegar um declive à direita, por onde eu sempre passava, ouvi a voz melodiosa de minha Unihipili: “Se eu fosse você, eu não descia por aí.” E eu pensei: “Mas a gente sempre vai por aí.” E continuei o meu caminho. Uns cinqüenta metros adiante, ouvi de novo: “Ei! Se eu fosse você, eu não descia por aí!” Segunda chance. “Mas a gente sempre vai por aí!”

Nessa hora, a nossa conversa já era em voz alta e as pessoas nos carros próximos me olhavam achando que eu era um louco. Andei mais 25 metros, e ouvi um estrondoso: “Se eu fosse você, eu não descia por aí!” E eu fui por lá. E lá acabei ficando parado por duas horas e meia. Por causa de um enorme acidente, estava tudo congestionado. Não se podia ir nem para frente nem para trás. Ai, ouvi minha Unihipili dizer: “Não falei?!” E ela ficou sem conversar comigo um tempão. E com razão. Por que falar comigo se eu não a ouvia?

Lembro-me uma vez, quando me preparava para ir à televisão falar sobre Ho'oponopono. Meus filhos olharam para mim e disseram: “Pai, ficamos sabendo que você vai aparecer na TV. Vê lá se põe umas meias que combinam!” Eles não se preocuparam com o que eu ia falar. Eles só estavam preocupados com as minhas meias. Você vê como as crianças sabem o que é realmente importante na vida?

* * *


Esta entrevista foi originalmente publicada por
The New Times, em setembro de 1997.

Para mais informações sobre Ho'oponopono e contato com Ihaleakala Hew Len, Ph.D,
visite o site www.hooponopono.org.  

Cat Saunders, Ph.D é autora do livro Dr. Cat’s Helping Book.
Para mais informações, visite www.drcat.org .